Educar para a Humanidade e para a Bondade

Os atos de crueldade, desumanidade e indolência são cada vez mais frequentes e inesperados de e para com o Ser Humano. Neste sentido, torna-se cada vez mais importante sensibilizar as crianças para a prática da bondade e da humanidade, contribuindo para o desenvolvimento de uma sociedade mais justa e empática.

Neste processo, os pais assumem um papel decisivo, ao adotarem determinadas estratégias que contribuem para a formação de Seres Humanos Bondosos.

Antes de mais, é do conhecimento geral que as crianças aprendem por observação. Os pais que demonstram bondade, compaixão e respeito nas suas interações diárias influenciam diretamente o comportamento dos filhos. Estas interações podem ser modeladas através do envolvimento em atividades de voluntariado ou ajudar os vizinhos, como forma de manifestação de bondade e generosidade.

Os pais também devem falar sobre a importância da empatia e da ajuda ao próximo e dar exemplos de bondade no dia a dia e em histórias ou podem recorrer a livros e filmes com mensagens positivas, onde são ensinados, explicitamente, valores como o respeito, a solidariedade e a compreensão.  

O elogio e o reforço de comportamentos bondosos também devem pautar as estratégias de parentalidade. Desta forma ajudam as crianças a entender que as suas ações positivas são valorizadas e a compreender claramente como se espera que elas tratem os outros, baseando-se no respeito e na bondade. Assim, é definido claramente que se espera que elas tratem os outros com respeito e bondade.

Desde cedo, os pais devem envolver as crianças em atividades que beneficiem a comunidade, tais como doação de roupas, alimentos e brinquedos. Além disso, devem incentivar a criação de pequenos projetos que promovam a bondade, tais como campanhas de angariação para causas específicas.

De uma forma transversal, deve ser ensinado às crianças a prática da empatia, através da escuta ativa e da resolução de conflitos. Ensinar as crianças a escutar e a compreender os sentimentos dos outros e resolver conflitos de forma pacífica e justa, ensinando-os a considerar os sentimentos e as perspetivas dos outros, é uma competência que pode ser treinada em casa.  

Os pais devem criar um ambiente onde as crianças se sintam seguras para expressar as suas emoções. Desta forma, conseguem reconhecer e respeitar as emoções dos outros. além disso, devem encorajar momentos de reflexão sobre como as próprias ações afetam os outros e como podem contribuir para um ambiente mais positivo.

Por último, mas não menos importante, as crianças devem ser incentivadas a expressar gratidão regularmente, seja através de diários de gratidão ou de partilhas diárias sobre coisas pelas quais são gratas.

Estas estratégias, quando aplicadas de maneira consistente e amorosa, promovem, nas crianças, um entendimento profundo de bondade e humanidade, preparando-as para serem adultos empáticos e responsáveis.

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Sobre a autora

ALEXANDRA GOMES

Psicoterapeuta & Wellness Coach​

Desde 2002 é Psicóloga certificada pela Universidade do Minho, especialista em Psicologia da Educação, Orientação Vocacional e para a Carreira e Inteligência Emocional (OPP n.º7530). É Mestre em Ciências da Educação, pela Universidade de Aveiro, desde 2010 e em 2013 é Coach pós-graduada em Certified Associate Coach (CAC), pela International Coach Federation (ICF) e Terapeuta do Desenvolvimento Pessoal e Bem-Estar.

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